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A crise do outro não é algo pessoal contra você

Grupo Reinserir

Se puder, acolha. Se não puder, não culpe e nem puna.

Quem pode entrar em crise e quem costuma acolher? É uma pergunta pertinente que nos revela como estamos socialmente organizados e quem cumpre cada papel. Quem ocupa cada lugar social.

A mulher, a mãe, aquela que serve, também sofre. Mas dificilmente encontra amparo quando precisa. Pelo contrário, seus comportamentos de crise, uma manifestação aguda do sofrimento, são entendidos como descontrole, grosseria ou desamor.

Alguém que sequer é entendida enquanto pessoa, como poderia manifestar as próprias necessidades?

Sair do centro pra conceber que o sofrimento do outro pode não ser sobre mim, nem contra mim.

Imagem: @de.saturno