E agora? Pistas sobre o que fazer diante do abuso
Escrito por Psicóloga Nárrina Gabrieli Ramos Pereira CRP 06/159448
Publicado em 11 Jun, 2021
A primeira hipótese aqui é: “Tenho uma suspeita”
Ouça a criança. Com tempo, paciência, carinho e acolhimento. Dê ferramentas de comunicação a ela; desenhos, brinquedos, brincadeiras. Quanto menor a idade, menos verbal esse contato será. Procure um profissional, terapeutas infantis podem ser indispensáveis para acessar algumas coisas. Um pediatra sensível pode ajudar também. Não a invada, proporcione um espaço seguro de fala. Pode ser difícil mas é possível. Lembre-se: não é necessário reviver o trauma.
A segunda hipótese é: “Sim, houve o abuso”
Proteja essa criança, imediatamente. Retire-a do poder ou acesso do agressor/a.
Novamente, com o auxílio de profissionais capacitados, escute o que ela demanda, quais os cuidados necessários? Existem sequelas físicas? Se ela tiver de passar por procedimentos médicos, explique, da maneira possível, o que são.
Estabeleça uma relação de cuidado e segurança. Ouça. Não a pressione para contar o que quer que você queira saber. Ela precisará de tempo para simbolizar tais violências. Garanta um espaço seguro pra isso. Não invalide aquilo que ela trouxer como sofrimento.