E quando sua linguagem de amor é a violência?
Escrito por Psicóloga Maria Julia Viana da Silva CRP 06/159588
Publicado em 15 Jul, 2024
Acho que quase todo mundo já se esbarrou nas 5 linguagens do amor do Chapman, né? Tempo de qualidade, toque físico, atos de serviço…
Mas e quando uma das formas que você aprendeu a estar no mundo e amar passa pela violência?
Quantas vezes ao se deparar com um erro cometido você consegue se acolher e entender que faz parte da experiência humana? Ou você logo se culpabiliza? Diz que precisa mesmo estar passando por isso para aprender a “deixar de ser besta”?
O que você fala com você quando erra?
E você lembra em qual momento da sua história você aprendeu isso? Essa pergunta sempre faz a gente retomar e refletir sobre a nossa formação. E a educação e o amor sempre estiveram muito misturados com a violência. Grita porque ama. Controla porque cuida. Misturamos coisas que não deveriam andar juntas.
Frases como essas são, infelizmente, comuns no seio familiar e família pode ser muitas vezes nosso primeiro espaço de socialização e de violência. E nesse momento que podemos associar o grito, ameaça, o medo ao amor.
O impacto que isso pode ter nas relações são diversos, seja você a pessoa reproduzindo essa violência ou se submetendo a ela por achar que é assim que cuida, ama e é amado.
Por aqui acreditamos muito que é possível mudar e na importância de romper com esse ciclo da violência. Você é maior do que o que fizeram de você. E é incomodo, claro, mas Dominic Barter diz o incomodo é trilha sonora da mudança.
Bora?
imagem de @Hady Boraey