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Quais as marcas do Crime numa vida comum?

Grupo Reinserir

Mesmo sem grandes demonstrações numéricas, é de conhecimento popular que a maior parte das vidas em privação de liberdade são negras, periféricas e pertencentes às famílias trabalhadoras.

O desgaste e pressão diários pra desviar do estigma de marginal, criminoso e desonesto pesa e não é pouco na saúde mental de pessoas que passaram pelo sistema prisional e seus familiares.

Não obstante, ainda aqueles que nunca se aproximaram, pessoalmente, do sistema prisional, convivem com um fantasma. A constante ameaça de ir parar lá. Por um ato desesperado, uso indevido de drogas, um aborto ou aquele jeitinho dado na declaração dos impostos.

Deixar de ser um trabalhador obediente, cair em vadiagem; tem muito samba que conta pra a gente a relação entre um cidadão comum, o Crime e o medo da prisão.

Não dá pra sustentar uma perspectiva crítica de saúde ou de psicologia - e clínica social - sem olhar pras marcas que o Crime deixa na história da maior parte da nossa população.

Convidamos todes a olharmos juntos pra isso e como sugestão, deixamos a obra “ A liberdade é uma luta constante” da nossa Ângela Davis.