Quanta poeira tem debaixo do seu tapete?

Esse papo é sobre o famoso “deixa isso quieto”. Ou o “empurrando com a barriga”. E afinal, quem nunca, né? Mas o quanto essa dinâmica de empurrar a poeira pra debaixo do tapete não é o que justamente faz nosso nariz coçar toda semana, hein? Que dá aquela crise de espirro, sabe?

Já pensou em chamar alguém para conversar sobre aquela chateação e ao pensar na reação da pessoa ou no quanto essa conversa pode ser difícil pra você só decidiu “deixar para lá?”. Ou sabendo que você foi o agente causador de sofrimento em alguém decidiu ignorar e fingir que nada rolou? E o quanto disso é sobre o medo?

Medo do desconforto, do confronto, de se responsabilizar e responsabilizar o outro.

Medo da incerteza. E o medo paralisa, né? Em resposta a isso, podemos nos agarrar à sinceridade como ferramenta de superação, abandonar a dicotomia de verdade-mentira e se juntar a sinceridade que assume os desejos (e medos). E dá trabalho, eu sei. Comunicar (com cuidado) é algo que ainda estamos construindo, de maneira bem lenta. E tamo do lado da @genipapos quando ela diz que tem que ser um trabalho que vale a pena, que faz sentido.

Então levanta esse tapete aí que é hora de ver quanta poeira esconde uma dinâmica relacional pouco funcional nas nossas relações.

Arte: @cmariacoentro