Redes de afeto: como posso cultivá-las?
Escrito por Psicóloga Maria Julia Viana da Silva CRP 06/159588
Publicado em 29 Jul, 2022
Está sendo cada vez mais comum queixas sobre frequência afetiva. Não conseguimos mais encontrar nossos pares frequentemente, nossa relação com o mundo e com o tempo mudou. Mas e agora, o que fazer para aquela pessoa querida saber que tenho afeto por ela?
Primeiro, precisamos nos conscientizar de uma coisa: ninguém estará disponível o tempo inteiro. Nem você. Nem o outro.
Depois, nossos afetos (e o dos outros) são fluídos. Então é comum em algum momento da vida você querer conversar mais com um amigo do que com o outro - por várias razões - sem que isso seja sobre estar gostando menos ou mais daquelas pessoas. Pensa em quantas vezes você deixou de responder alguém pela correria da vida ou porque não estava se sentindo bem. Ou seja, a não-resposta do outro, por vezes, é muito mais sobre ele do que sobre você.
Compreensão é uma forma de cuidar de seus afetos. Se desprender do imediatismo também é.
Por isso que quando falamos de afeto falamos em REDE de afetos, não somente uma pessoa cumprindo uma função de corresponder a todas as nossas necessidades.
Quando perceber que está passando por esse momento de maior desprendimento com respostas e frequências avise seus pares, alinhem e falem sobre. Isso também é cuidado!