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Saúde mental da população LGBT: E agora, o que eu faço?

Grupo Reinserir

Por fim, ao identificar alguns desses sintomas, o que fazer? A dica é sempre a buscar ajuda profissional. Pensando que estamos no meio de crise econômica e cada vez mais nos é difícil à busca por cuidados a saúde, principalmente quando falamos de uma população marginalizada, é importante saber onde podemos buscar. O Brasil tem uma lei desde 2001, 10.216, que é a lei da reforma psiquiátrica que redimensionou o cuidado na saúde mental no Brasil. Tem como objetivo o fechamento radical dos hospitais psiquiátricos. Os cuidados passam então a serem feitos pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), em suas diferentes modalidades. Adulto, Infanto-Juvenil, e para pessoas com necessidades decorrente do uso de drogas. Além dos CAPS, o cuidado pode também ser feito através da Unidade Básica de Saúde (UBS), as clínicas escolas e em projetos iguais ao Reinserir, que oferece atendimento por valores sociais as população LGBT.

O que costumamos falar aqui no Reinserir é: não confiem em receita. Nenhum problema complexo a gente vai resolver com resposta simples, então é evidente que a gente não pode atribuir uma formula pronta ao cuidado da pessoa. O que buscamos fazer por aqui é, a partir do que a pessoa trás, do seu relato, pensar como podemos auxiliar. Não podemos nos colocar no papel de dizer o que é o bem viver, mas acompanhar em seu sofrimento e pensar junto à pessoa caminhos que a fortaleça e espaços que reafirme a vida. Por isso, sempre reforçamos as saídas coletivas, o encontro dos semelhantes, dos pares, da construção de redes e sempre ressaltamos a importância de apostar nas relações para superação dos sofrimentos.