Se toca, mulher!
Escrito por Psicóloga Nárrina Gabrieli Ramos Pereira CRP 06/159448
Publicado em 03 Oct, 2020
Aos 15 anos me ensinaram, na igreja, que a definição de masturbação era “desonrar com as mãos” e que sexo anal era antibíblico. Cresci (graças a deus) e descobri que os dois podem ser bem bons. Pesquisas apontam que apenas 22% das pessoas com vulva se masturbam (dados trazidos por @vulvalivre). Nosso corpo é, de onde vejo, a fronteira mais intensa e significativa entre o que é nosso e o que é dos outros, nosso corpo é a maior materialização da nossa subjetividade no mundo, ao mesmo tempo, é como a materialidade do mundo chega, acessa e constrói a nossa subjetividade. Como relacionar-se com o mundo sem ao menos conversar com o próprio corpo?
A intenção desse texto passa longe de tentar adequar os corpos com buceta a uma meta de produção de 3 a 4 siriricas por semana. Na real, a intenção aqui é lembrar que se entender quanto sujeito de desejos e prazeres é um baita ato político e pode ser absolutamente transformador na vida de alguém. Entender aquilo que TE dá prazer e o que não TE dá.
Ao decidir por uma experiência sexual, existem caminhos, meios e maneiras de explorar todas essas possibilidades. Relacionar-se consigo e com o outro. Com os outros. O sexo pode ser uma importante ferramenta de simbolização, lemos assim.
Que tal conversar com você hoje, entender e sustentar o que quer e o que não quer?
Reinserir indica: @oprazerehtodomeu e @sosparamaiores!